2009 Acrílico sobre Tela ( 170x50)
Em nosso horizonte histórico de sentido o desejo sugere mais desejo e realizá-lo seria o crepúsculo do sujeito contemporâneo, descentrado, sem horizontes e melancólico. Indivíduos perdidos nas solicitações sociais, se entregam ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo, à ausência de valores e de sentido para a vida.
Adaptação livre de Fernando Pessoa...
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
Raspar a tinta que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhsa emoções verdadeiras, como quem sente a vida, e mais nada.
E assim pinto, ora bem, ora mal. Ora acertando o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá, mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.